Editorial A Tarde ressalta a importância do Teste do Pezinho

Editorial A Tarde ressalta a importância do Teste do Pezinho
19/12/2022

As festas de final de ano seriam um motivo de maior distração e entretenimento, por parte dos pais e responsáveis, não fosse o dever dos adultos em relação aos cuidados com o bebê, especialmente quando se trata do teste do pezinho.

A Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) de Salvador tem procurado ajudar no enfrentamento da desatenção, por ser este exame o melhor método, cientificamente protegido, de verificação de ocorrência de doenças graves. A divulgação da importância do Programa Nacional de Triagem Neonatal, no entanto, vem buscando a redução do número de recém-nascidos nas estatísticas, conforme os dados fornecidos por hospitais e maternidades.

Entre janeiro e outubro de 2021, foram avaliados cerca de 134 mil, caindo para 126 mil no mesmo período deste ano, representando 14% a menos, um percentual significativo e sinalizador do péssimo desempenho do Ministério da Saúde. A mesma negligenciada na gestão da pandemia e na vacinação para as diversas doenças é recorrente neste procedimento de prevenção por meio da coleta de sangue das novíssimas e novíssimos brasileiros.

Quanto mais precocemente o diagnóstico de algumas das sete doenças possíveis de detectar, maiores as chances de tratamento bem sucedido, mas o Brasil tem produzido provas de flagrante perfeito de inépcia, incompetência e descaso.

Ao seguir a lógica inflexível de Estado mínimo, o país tem se permitido negligenciar nas campanhas de incentivo a uma população já carente de informações monitoradas, iniciada neste contexto lastimável.

Devido à carência ancestral de acesso à educação, não são poucas as cidadãs e cidadãos a desconhecer a necessidade de certificarem-se da saúde do bebê, daí a tradição de uma campanha de comunicação massiva, mas não parece interessar ao governo federal.

As doenças detectáveis ​​não apresentam sintomas no neném, daí a orientação dos especialistas para realizar uma verificação entre o terceiro e o quinto dia de vida e sempre após 48 horas da primeira amamentação.

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