Saiba mais sobre o Coronavírus (COVID-19)

Saiba mais sobre o Coronavírus (COVID-19)
30/03/2020

COVID-19 (Corona Vírus Disease), é uma doença infecciosa causada pelo novo Coronavírus, descoberto em dezembro de 2019, em Wuhan, na China. A maioria das pessoas (em torno de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamentos especiais. Cerca de 1 em cada 6 pessoas que contraem a infecção fica gravemente doente e com dificuldade para respirar. Pessoas idosas e aquelas que têm doenças crônicas, como pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, obesidade, baixa imunidade, fumantes, comorbidades em geral, têm maior probabilidade de desenvolver a forma grave. Apesar disso, existem casos de jovens acometidos pelo Coronavírus, em vários lugares no mundo.

Os primeiros casos de Coronavírus em humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como Coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

Os sinais e sintomas do Coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes aos de um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o novo Coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.

Muitos estudos científicos estão sendo desenvolvidos para mais conhecimentos sobre essa infecção.

Sintomas:

Os principais sintomas conhecidos até o momento são: febre, tosse e dificuldade respiratória.

 

Formas de transmissão:

As formas de transmissão do novo Coronavírus ainda estão em processo de investigação, mas já se sabe o que acontece de pessoa para pessoa. Qualquer um que tenha contato próximo (cerca de 1 metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. É recomendado manter a distância de no mínimo 2 metros.

A transmissão dos Coronavírus costuma ocorrer por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

O período médio de incubação por Coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 14 dias, tempo em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

Diagnóstico:

Para a realização do exame de Coronavírus, é necessária a prescrição médica, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o teste só deve ser feito em indivíduos com sintomatologia do COVID-19.

A coleta da secreção nasal não deve ser feita no laboratório para evitar circulação do vírus por pessoas com sinais e sintomas, já que a transmissão é via oral, por meio de gotículas ou contato com a mão. É recomendada a realização no local onde o paciente esteja (domicílio ou hospital).

Embora a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS), tenha incluído o exame no rol de procedimentos, o que obriga os planos de saúde a realizarem o teste, vários convênios de saúde, ainda estão em negociação com os prestadores de serviços, logo, é sempre importante uma consulta sobre a cobertura do plano.

Análise Molecular:

O diagnóstico do Coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Na suspeita de Coronavírus, é necessária a coleta de uma amostra, que será encaminhada com para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Para confirmar a doença, é necessário realizar exames de biologia molecular, que detectem o RNA viral. O diagnóstico do Coronavírus é feito com a coleta de amostra (secreções), cuja indicação é feita sempre que ocorrer a identificação de um caso suspeito.

Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Na Bahia, as unidades são Instituto Couto Maia (ICOM) e Hospital Ernesto Simões Filho, mas os governos municipais e estaduais estão atentos à importância de se criar novas unidades de referência. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Teste Rápido:

Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), validaram alguns testes rápidos para detectar a presença ou ausência do Coronavírus no sangue, porém, ainda não estão disponíveis no Brasil. É esperada a chegada desses kits na segunda semana do mês de abril a primeira semana de maio de 2020.

O Teste Rápido utiliza uma combinação de partículas revestidas de antígenos do novo Coronavírus na detecção de anticorpos IgG e IgM contra o COVID-19 em sangue total, soro, plasma ou nas secreções de nasofaringe (nariz) e  orofaringe (garganta) que detectam o antígeno (vírus).

Esses testes imunocromatográficos são qualitativos, ou seja, acusa presença ou ausência do anticorpo contra o COVID-19. Ao colocar o sangue em contato com a membrana revestida com o antígeno COVID-19, se houver presença do anticorpo IgM, vai reagir e apresentar uma determinada cor na região do referido anticorpo, comprovando que o paciente, está infectado com o vírus. Caso apresente reação apenas na região do anticorpo IgG, indica que o paciente, teve contato com o vírus e não apresenta mais a infecção.

Vale salientar que esses testes rápidos podem apresentar resultados falsos- positivos ou falsos negativos, que são características do método. Cada laboratório deve realizar sua própria validação do exame, antes de disponibilizá-lo para população. Pacientes sem sintomas ou com carga viral muito baixa, podem não ter o vírus detectado pelo teste, devendo sempre alinhar os resultados com os sinais e sintomas apresentados pelo pacientes e o médico dará a conclusão diagnóstica.

Quando o teste rápido apresentar resultado incompatível com a sintomatologia clínica do paciente, a análise molecular, que detecta o RNA viral é a mais indicada.

Tratamento:

Não existe tratamento específico para infecções causadas por Coronavírus em humanos. É indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:

  • Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
  • Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 7 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações, como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispneia (falta de ar). Nesses casos, procure novamente o serviço de saúde.

Prevenção:

Devem ser adotados cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas. Algumas medidas são:

  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão;
  • Evitar contato com pessoas com sintomas de gripe;
  • Uso de lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir sempre o nariz e a boca com a dobra do cotovelo ao espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca;
  • Manter os ambientes bem ventilados.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizada precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARS-CoV é, em média, de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do Coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

Não existe, ainda, vacina contra o Coronavírus (COVID-19), vários pesquisadores no mundo, estão intensificando os esforços para que se chegue a uma vacina ideal.

O recomendado é seguir as orientações dos órgãos de saúde e evitar a circulação do COVID-19 na população.

Quer saber mais? Consulte o Laboratório de Análises Clínicas da APAE Salvador. (71) 3270-8309 | analises@apaesalvador.org.br.

Gildásio Carvalho

CRF – BA 2371

Farmacêutico Bioquímico e Analista Clínico

Gestor do Laboratório de Análises Clínicas

 

Fonte:

https://coronavirus.saude.gov.br/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/anvisa-aprova-oito-testes-rapidos-para-covid-19

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