Lei de Cotas completa 32 anos com evento promovido pela Apae Salvador
Encontro reúne profissionais de Recursos Humanos na Apae Unidade São Joaquim, na próxima segunda-feira, dia 24. Há 42 anos, a instituição atua na inserção de pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho.
Setecentas e oitenta e oito pessoas com deficiência intelectual (PCD) foram inseridas no mercado de trabalho, até o momento, pela Apae Salvador. Mesmo com todos os desafios, a Apae já realizava esse trabalho inclusivo 10 anos antes da criação da Lei de Cotas (8.213/1991), que, na próxima segunda-feira (24/07), completa 32 anos de criação. Para marcar a data, a instituição promove evento intitulado Lei de Cotas: Inserção Responsável e Combate ao Capacitismo, direcionado para profissionais de Recursos Humanos, de 8h30 às 12h, na Unidade São Joaquim, no bairro da Calçada.
“A Apae Salvador, através do setor de Inserção e Acompanhamento Profissional tem o prazer de realizar este evento que comemora os 32 anos da criação da Lei de Cotas para inserção de PCD nas empresas”, destacou Jaqueline Braz, coordenadora da Assistência Social da Apae Salvador. De acordo com a gestora, o objetivo da ação é discutir com profissionais, empresas, pessoas com deficiência e instituições a importância de se promover ações inclusivas que, para além do acesso ao emprego, possibilite aos colaboradores com deficiência a experiência de um ambiente inclusivo e respeitoso, oportunidades de ascensão profissional, a permanência no emprego, e o reconhecimento de seu potencial produtivo e laboral.
Entre as facilitadoras do seminário, estão Lorena Garcia Mueller Costa, auditora do Trabalho e coordenadora da Fiscalização para Inclusão de Pessoas com Deficiência e Reabilitadas no Trabalho no estado da Bahia (Ministério do Trabalho e Emprego - MTE); Ana Emilia Andrade Albuquerque da Silva, procuradora Regional do Trabalho e titular da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (COORDIGUALDADE) e Renata Martorelli, fundadora e diretora executiva da Pontos Diversos, palestrante, consultora em Diversidade, Equidade e Inclusão, Negócios Conscientes, Relacionamento com Stakeholders – ESG e entusiasta do ESPERANÇAR.
O usuário da Apae Salvador, Milton Bonfim dos Santos Júnior, também fará parte da mesa e dará contribuições sobre a sua experiência pós capacitação. Atualmente, o jovem auxilia na cozinha e salão do Restaurante Outback do Shopping Barra.
Capacitação e dados
Há 42 anos, a Apae Salvador atua no segmento de capacitação de PCD, antes mesmo da lei de cotas ser instituída. A instituição trabalha com assessoramento técnico de empresas, no processo de inserção de pessoas com deficiência, com a metodologia intitulada de emprego apoiado. Dentro dessa metodologia, existe o acompanhamento que envolve a família, a PCD e a empresa, com o monitoramento desse trabalhador, realizado pela Apae. Durante a capacitação, há um processo formativo com foco no desenvolvimento humano. A Apae realiza a seleção, dentro do banco de dados da instituição, do perfil que atenda melhor à função, e adapta a vaga para o profissional.
O monitoramento é feito dentro de um período de 12 meses. Essa carga horária será válida para capacitação desse profissional na função que está na experiência, somadas ao período da Apae e da empresa. Nomes como a Cocada Baiana e a Telebahia também fizeram parte da história da instituição, nesse processo de capacitação e qualificações ocorridas ao longo desses anos. Até o momento, foram realizadas 788 inserções, através da parceria com 86 empresas, sendo 11, de janeiro a junho de 2023, em 6 empresas de diferentes segmentos.
